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O Fim da História

Por Eguinaldo Hélio de Souza

 

… e então virá o fim (Mateus 24.14)

Em 1992 o escritor Francis Fukuyama escreveu o livro O fim da história e o último homem. Segundo ele a economia liberal e a democracia ocidental haviam vencido a Guerra Fria e nada de mais interessante aconteceria à partir dali. “O mundo democrático moderno queria acreditar que o fim da Guerra Fria não encerrava apenas um conflito estratégico e ideológico, mas todos os conflitos estratégicos e ideológicos”1. Este anseio por um desfecho na história está enraizado no coração humano. Seja a esperança da paz perpétua (título de uma obra do filósofo alemão Immanuel Kant), seja o temor do extermínio de toda raça humana, não se consegue deixar de pensar em um fim. Parece meio óbvio à todos que uma conclusão é necessária.

O erro da humanidade tem sido deixar Deus fora da equação, ou imaginar um futuro com Ele que não se harmonize com Sua revelação. Deus é Senhor da história e esse fato já basta para que se comece a pensar no futuro à partir do que Ele revelou. As pessoas lêem os Evangelhos e estão cegas para o que Jesus mostrou ali – o futuro é Dele. Não há futuro sem o ressuscitado. Independente da complexidade apresentada nos textos escatológicos é muito claro que as Escrituras não descrevem nenhum futuro sem a presença messiânica. “Todas as coisas me foram entregues por meu Pai” (Mateus 11.27).

Compreender realmente a história sem Cristo é impossível. Mais impossível ainda é falar do futuro da história sem Cristo. Não existe.

“Pelo que também Deus o exaltou soberanamente e lhe deu um nome que é sobre todo o nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai”. (Filipenses 2.9-11).

“Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e venham, assim, os tempos do refrigério pela presença do Senhor. E envie ele a Jesus Cristo, que já dantes vos foi pregado, o qual convém que o céu contenha até aos tempos da restauração de tudo, dos quais Deus falou pela boca de todos os seus santos profetas, desde o princípio”. (Atos 3.20, 21)

Em sua primeira vinda a salvação foi consumada. Em sua parousia, a história será consumada. Todo olho o verá, mesmo os olhos daqueles que ignoraram completamente suas palavras. Todo olho o verá, mesmo os olhos daqueles que zombam da promessa de sua vinda. Todo olho o verá, mesmo os olhos daqueles que se rebelam contra Ele.

Foram os profetas bíblicos que criaram a noção de história como vemos hoje, uma linha contínua que abrange todos os povos, todas as nações. Neles temos a primeira filosofia da história, o primeiro olhar descrevendo a aventura do homem no tempo. E esses profetas revelavam uma história sob a soberania de Deus e de seu Messias. A rebeldia dos governantes não pode anular o que o Eterno estabeleceu.

“Por que se amotinam as nações, e os povos imaginam coisas vãs? Os reis da terra se levantam, e os príncipes juntos se mancomunam contra o

SENHOR e contra o seu ungido, dizendo: Rompamos as suas ataduras e sacudamos de nós as suas cordas. Aquele que habita nos céus se rirá; o Senhor zombará deles”. (Salmo 2.1-3)

O fim vem. E nele estará o Cristo soberano. Em sua encarnação, morte e ressurreição Ele se revelou como o centro da história. Ele voltará outra vez para mostrar a conclusão da história. Ele é a conclusão, o Amém definitivo para todas as promessas divinas.

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