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Era Samuel? – Respondendo aos Espíritas

Posted By raquelgurgel On 15 de julho de 2013 @ 22:41 In
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Por Eguinaldo Hélio de Souza

Entre os textos controversos das Escrituras está 1 Samuel 28.3-20 onde o rei Saul procura uma necromante a fim de que esta invoque o espírito de Samuel dentre os mortos para que lhe dê uma resposta. Supostamente Samuel teria aparecido e repreendido Saul, anunciando sua morte e derrota. Diante da narrativa surge a pergunta: Era mesmo Samuel?

Cristãos deram respostas diferentes para essas questões e vamos analisa-las. Os kardecistas e espíritas em geral assumem de forma direta que evidentemente era Samuel, uma vez que pensam que esse episódio sancionaria suas práticas. Vamos começar respondendo a eles.

Para os kardecistas e demais invocadores de mortos

Se de fato fosse Samuel, o que não era, como veremos, ainda assim esse acontecimento seria contra os espíritas e não à favor deles.

Primeiro porque Saul tinha plena consciência de estar pecando contra Deus ao consultar a necromante. Ele mesmo havia desterrado adivinhos e necromantes da terra (2 Sm 28.3) em obediência ao mandamento divino expresso em Deuteronômio 18.9-12. Ele sabia que não havia nada de positivo em seu ato e por isso escondeu sua identidade para cometer o delito. (v. 8). Os espíritas fazem abertamente o que Saul fez com vergonha. O ato do rei foi um ato de desespero, de rebeldia e não algo nobre que deveria ser divulgado aos quatro ventos.

Essa passagem na verdade condena moralmente o espiritismo e suas práticas. Basear-se nelas para praticar a invocação de mortos tem o mesmo sentido que citar o pecado de Davi com Bete Seba para fazer uma apologia do adultério.

E além do próprio ato ser cometido com vergonha pelo seu executor, as consequências dele, registrado nas Escrituras, atestam a condenação do mesmo pelo próprio Deus.

Assim, morreu Saul por causa da sua transgressão com que transgrediu contra o SENHOR, por causa da palavra do SENHOR, a qual não havia guardado; e também porque buscou a adivinhadora para a consultar e não buscou o SENHOR, pelo que o matou e transferiu o reino a Davi, filho de Jessé. (1 Crônicas 10.13, 14)

A ação de Saul não foi positiva e nem moralmente neutra. Ela levou Deus a rejeitá-lo completamente. Foi o ápice de uma série de transgressões cometidas por esse rei. Qualquer pessoa que consultar um médium e fazer contato com “mortos” com certeza estará incorrendo na ira divina e sendo rejeitada por ele.

Entretanto, para alguns espíritas, se o episódio de Saul e a necromante não pode ser citado como aprovação divina à prática de consulta aos mortos pelo menos demonstraria que é possível o contato com o mundo dos mortos. O próprio fato de Deus ter proibido a consulta aos mortos só teria sentido no caso dos mortos realmente se manifestarem através dos médiuns.

Ainda que esse raciocínio pareça lógico em sua estrutura com certeza ele não resolve a questão. A Bíblia mostra que os mortos não voltam a esse mundo e não participam dele de forma alguma.

E disse ele: Vivendo ainda a criança, jejuei e chorei, porque dizia: Quem sabe se o SENHOR se compadecerá de mim, e viva a criança? Porém, agora que é morta, por que jejuaria eu agora? Poderei eu fazê-la mais voltar? Eu irei a ela, porém ela não voltará para mim. (2 Samuel 12.22, 23)

Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco eles têm jamais recompensa, mas a sua memória ficou entregue ao esquecimento. Até o seu amor, o seu ódio e a sua

inveja já pereceram e já não têm parte alguma neste século, em coisa alguma do que se faz debaixo do sol. (Eclesiastes 9.5, 6)

Dizer que a simples proibição de consultar aos mortos confirma a manifestação desses mortos é um argumento enganoso. Deus também proibiu a adoração a outros deuses. Não terás outros deuses diante de mim (Êxodo 20.3). Isso significa que existem outros deuses além Dele? De forma nenhuma.

Claro que os pagãos e mesmo algumas religiões hoje oferecem sacrifícios e adoração a outros deuses. Entretanto, quem são esses deuses? Paulo assim escreveu aos coríntios:

Mas que digo? Que o ídolo é alguma coisa? Ou que o sacrificado ao ídolo é alguma coisa? Antes, digo que as coisas que os gentios sacrificam, as sacrificam aos demônios e não a Deus. E não quero que sejais participantes com os demônios. (1 Coríntios 10.19,20).

A adoração àqueles deuses era adoração aos demônios. Por isso Deus proibiu a adoração a eles. A invocação aos mortos é de fato invocação aos demônios e por isso Deus proibiu o contato com eles. A lei de Deus, como os cintos de segurança de um carro, não foram dadas para impedir o prazer e o conforto. Foi determinada para proteção do ser humano para que esse não ultrapassasse limites que com certeza o prejudicariam. A Bíblia claramente revela que Satanás é um ser transmorfo, isto é, pode assumir formas diferentes. E isso ele faz, até mesmo se passando por um “anjo de luz” (2 Coríntios 11.14). Desde que com isso ele engane as pessoas e as leve para longe de Deus ele o fará. Não podemos ignorar os seus ardis (2 Co 2.11)

Era Samuel? Com certeza não. E essa passagem como um todo condena a prática da necromancia. Os espíritas podem realizar suas práticas condenadas por Deus e colher os frutos decorrentes de sua obediência. Só não podem querer justificar suas ações com a Bíblia. Também não podem de modo algum defender que de algum modo o texto pode ser usado como uma prova de que os mortos retornam. As Escrituras como um todo não apenas apresentam a proibição de contato com os mortos, mas ainda a possibilidade de contato com os mortos.

Não era Samuel e em um próximo texto nós iremos demonstrar que apesar das dificuldades é fácil perceber o engano. Independente do que pensem alguns comentaristas a afirmação de que se tratava realmente de Samuel não se harmoniza com a Bíblia de modo geral e o episódio apresenta nuances que precisam ser consideradas.


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