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Bertrand Russell e o Governo Mundial

Por Eguinaldo Hélio de Souza

 

Quando alguém comenta sobre governo mundial anticristão muitos o tomam por alarmista, extremista ou coisa parecida. Os estudiosos de escatologia, principalmente aqueles que acreditam que o domínio do anticristo se avizinha, são considerados como seres estranhos, pessoas fora da realidade.

Fora da realidade estão todos aqueles que negam esse fato. Nada tem sido mais desejável na política nos últimos séculos do que a criação de um órgão que pudesse arbitrar as questões internacionais. Pessoas de cosmovisões bem distintas como adeptos da Nova Era e ateus têm desejado tal condição para o mundo.

Abaixo reproduzimos um texto de Bertrand Russel, conhecido ateu inglês que abertamente expôs seu ódio ao cristianismo em seu livro Porque não sou cristão. Ele falou muito em paz mundial e – pasmem – na necessidade de um governo mundial. Como ele era um filósofo e não um cristão atento às Escrituras, então suas palavras são consideradas sérias.

Não importa quantas críticas aqueles que acreditam nas profecias receberão. Elas confirmam a tendência humana. Bertrand Russel defendeu um governo mundial como muitos pensadores e estadistas antes dele fizeram. E só questão de tempo para que aquilo que a Bíblia predisse se torne uma realidade. Abaixo o texto de Russel:.

Pode evitar-se a guerra por algum tempo por meio de paliativos, expedientes ou uma diplomacia sutil, mas tudo isso é precário, e enquanto durar o nosso sistema político atual, pode ser considerado como quase certo que grandes conflitos irão surgir de vez em quando. Isso acontecerá inevitavelmente enquanto houver diferentes Estados soberanos, cada um com as suas forças armadas e juiz supremo dos seus próprios direitos em qualquer disputa. Há somente um meio de o mundo poder libertar-se da guerra, é a criação de uma autoridade mundial única, que possua o monopólio de todas as armas mais perigosas.

Para que um governo mundial pudesse evitar graves conflitos, seria indispensável possuir um mínimo de poderes. Em primeiro lugar precisava de ter o monopólio de todas as principais armas de guerra e as forças armadas necessárias para o seu emprego. Devia também tomar as precauções indispensáveis, quaisquer que fossem, para assegurar, em todas as circunstâncias, a lealdade dessas forças ao governo central.

O governo mundial tinha de formular, portanto, certas regras relativas ao emprego das suas forças armadas. A mais importante determinaria que, em qualquer conflito entre dois Estados. cada um tinha de se submeter às decisões da autoridade mundial. Todo o emprego da força, de um Estado contra o outro, tornaria o agressor um inimigo público e implicaria o emprego, contra ele, das forças armadas do governo mundial. Estes seriam os poderes essenciais para salvaguardar a paz. Uma vez conseguidos, outros se lhes seguiriam. Haveria necessidade de corpos constituídos para desempenhar as funções legislativas e judiciais; mas tais corpos desenvolver-se-iam naturalmente se as condições militares fossem realizadas; o que é difícil e vital é dotar de uma força irresistível a autoridade central.

O governo mundial pode ser democrático ou totalitário; pode ter a sua origem no consentimento ou na conquista; pode ser o governo nacional de um Estado que conseguiu conquistar o mundo ou, pelo contrário, uma autoridade em que cada Estado, ou cada ser humano, tenha iguais direitos. Por minha parte creio que se tal governo se constituir um dia será à base do consentimento nalgumas regiões e à base da conquista noutras. Numa guerra mundial entre dois grupos de nações, pode suceder que os vencedores desarmem os vencidos e comecem a governar o mundo por meio de instituições unificadoras desenvolvidas durante o conflito. Gradualmente, à medida que se desvaneça a hostilidade provocada pela guerra, as nações vencidas poderão ser admitidas como associadas. Não creio que a espécie humana tenha suficiente habilidade política ou um elevado espírito de tolerância para estabelecer um governo mundial somente à base do consentimento. Por isso penso que um elemento de força deve ser necessário, tanto para o seu estabelecimento como para a sua proteção durante os primeiros anos.

Como já previsto no livro do Apocalipse:

“…e toda a terra se maravilhou seguindo a Besta” (Ap. 13.3)

“…E deu-se-lhe poder sobre toda tribo, língua e nação” (Ap. 13.7)

“E todos os que habitam sobre a terra a adorarão…” (Ap. 13.8)

“Estes tem um mesmo intento e entregarão o seu poder e sua autoridade a Besta.”  (Ap. 17.13)

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