Celibato Como Um Dom Divino

 Por Eguinaldo Hélio

INTRODUÇÃO

Celibato é a ausência de atividade sexual na vida de um indivíduo. Acontece geralmente por motivos religiosos, embora qualquer pessoa possa exercê-lo.

O celibato pode ser exercido por apenas um período. Os solteiros devem com certeza praticá-lo, bem como os viúvos e separados. Mas também ele pode ser praticado temporariamente por motivos espirituais (1 Corintios 7.5).

Nosso enfoque aqui, todavia, não é o estado de celibato temporário, mas permanente

VISÃO BÍBLICA

* Jesus manifestou que algumas pessoas assumiram este estado de vida por amor ao Reino de Deus (Mateus 19.12)

* Apóstolo Paulo foi celibatário e também um de seus grandes incentivadores (1 Cor 7.6-8).

* Também é dito com respeito aos 144.000 em Apocalipse que “não tocaram em mulheres” (Apoc 14.4), mas é difícil determinar se isto é literal ou espiritualmente, visto o forte caráter simbólico do livro.

Todavia, o celibato conforme colocado na palavra, jamais pode ser uma imposição. Jesus disse que só quem pudesse deveria receber sua colocação com respeito ao casamento e o celibato, mas só aqueles a quem isto foi concedido (Mat 19.10-12).

Da mesma forma Paulo coloca o celibato como um Dom de Deus (1 Cor 7.7) e cada um tem aquilo que recebeu de Deus. Ele faz questão de dizer que não existe pecado em casar-se (1 Cor 7.9,28).

O motivo para ele Ter incentivado o celibato não era pelo sexo dentro do matrimônio ser um pecado, mas porque as atividades do matrimônio tomam tempo e atenção que poderiam ser dedicados a Deus (1 Cor 7.29-35).

O apóstolo vai mais longe e chega a afirmar que a proibição do casamento é uma doutrina de demônios (1 Tim 4.1-3).

VISÃO HISTÓRICA

Na História do Cristianismo o estado de celibatário foi exaltado como o mais perfeito. Prova disso é o grande empenho do Catolicismo de confirmar a virgindade perpétua de Maria. Este tal conceito deriva muito do conceito grego de matéria, que via neste uma imperfeição. A matéria era má e mau era qualquer coisa que se relacionasse a ela.

O movimento monástico que durante um bom tempo dominou o cristianismo exaltou na prática o celibato. A Igreja Católica Romana teve também motivos financeiros para exigir de seus clérigos o celibato, pois assim os bispos que eram donos de muitas propriedades, não teriam filhos para deixar para seus descendentes.

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